Já mencionei em duas postagens anteriores, mas vale a pena repetir, rever e ouvir: o Grupo Ramo (seguindo a ordem das fotos: Daniel Pantoja, flautas + Frederico Heliodoro, contrabaixo + Rafael Marini, piano + Antonio Loureiro, bateria + Felipe José, violoncelo) se apresenta, desta vez, no Rio de Janeiro, dentro do projeto Pauta Funarte de Música, edição 2009, para o lançamento de seu primeiro CD. Este show terá a participação do percussionista Sergio Krakowisky.
29.11.09
27.11.09
GRAVELOVER'S
"Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite". Amanhã tem GRAVELOVER’S = Graveola e o Lixo Polifônico + The Dead Lover’s Twisted Heart, na festa de encerramento do FORUMDOC.BH.2009. As informações estão no convite.
E relembrando que no post anterior seguem duas dicas para o domingo. Difícil escolha: tem o Senta a Pua!, com seus choros, maxixes e sambas. E também a primeira apresentação do Sonante 21, grupo que tem no repertório música clássica contemporânea. No programa, a estréia da peça "Poema para Zé Dantas, do paulistano Sílvio Ferraz. Infelizmente as apresentações serão no mesmo horário.
26.11.09
23.11.09
Grupo Ramo no Inimá de Paula
Divulguei aqui o show que o grupo fez no projeto Música de Domingo. E quem perdeu, poderá conferir a apresentação no teatro do Museu Inimá de Paula, amanhã, 20h, dentro do projeto No Inimá. O grupo, formado - seguindo a ordem da foto - por Antonio Loureiro (bateria), Felipe José (violoncelo, violão e flauta), Daniel Pantoja (flautas), Rafael Martini (piano e violão) e Fredrerico Heliodoro (contrabaixo). O Ramo gravou este ano o primeiro CD, com um repertório instrumental composto por seus integrantes. Mas certamente o show terá um roteiro um pouco diferente do show anterior, pois o quinteto terá a participação especial do compositor e guitarrista João Antunes.
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22.11.09
Rosário dos Pretos
Ainda movido pelo Dia da Consciência Negra e pela canção "Zumbi", de Jorge Ben Jor, que ao reouvir e transcrevê-la aqui, lembrei-me de um poema que o amigo Júlio Castañon Guimarães escreveu sobre a Capela que pertenceu à Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, na Antiga Vila de São José d'el Rei, hoje Tiradentes. O poema "Rosário dos Pretos" está na primeira parte do livro Inscrições (1992), composta de 14 poemas inspirados na antiga vila.
Rosário dos Pretos
à flor da pele
a marca que expõe
o ornamento que exclui
não são áureas nesta igreja
as glórias ao Senhor
nem amplos os espaços
para os desabrigados do século
para a imposição do temor
não há dois púlpitos
como no templo dos senhores
embora as flores da oratória
à cor da pele
empresta-se a derrota, que arde
impede-se o ardor, que aflora
à flor da pele
a marca que expõe
o ornamento que exclui
não são áureas nesta igreja
as glórias ao Senhor
nem amplos os espaços
para os desabrigados do século
para a imposição do temor
não há dois púlpitos
como no templo dos senhores
embora as flores da oratória
à cor da pele
empresta-se a derrota, que arde
impede-se o ardor, que aflora
20.11.09
Zumbi
Comemora-se, no dia 20 de novembro, dia da morte de Zumbi (1655-1695), o Dia da Consciência Negra. Zumbi, símbolo de resistência, foi o último líder do Quilombo dos Palmares, comunidade formada por escravos que fugiam das fazendas e senzalas. O Quilombo dos Palmares chegou a ter vinte mil habitantes e uma extensão territorial aproximada ao tamanho de Portugal, localizava-se onde hoje é o estado de Alagoas.
Segue abaixo letra de uma canção de Jorge Ben Jor, que faz parte do disco A tábua de esmeralda (1972). Ben Jor talvez tenha sido o primeiro compositor brasileiro a tematizar a negritude:
Zumbi
Angola Congo Benguela
Monjolo Cabinda Mina
Quiloa Rebolo
Aqui onde estão os homens
Há um grande leilão
Dizem que nele há
Uma princesa à venda
Que veio junto com seus súditos
Acorrentados num carro de boi
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Angola Congo Benguela
Monjolo Cabinda Mina
Quiloa Rebolo
Aqui onde estão os homens
De um lado cana-de-açúcar
Do outro lado o cafezal
Ao centro senhores sentados
Vendo a colheita do algodão branco
Sendo colhidos por mãos negras
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Quando Zumbi chegar
O que vai acontecer
Zumbi é senhor das guerras
É senhor das demandas
Quando Zumbi chega
É Zumbi é quem manda
Eu quero ver
Eu quero ver
Eu quero ver
Negro é lindo (Phlips), 1971
Capa: Aldo Luiz
Foto: Wilney
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18.11.09
Guinga de volta a BH
O compositor Guinga está de volta a Belo Horizonte para duas apresentações solo (voz e violão), que ocorrerão no Mezanino da Travessa, dentro do projeto "Gerais Music Session", nesta quinta e sexta-feira, 19 e 20 de novembro.
Transcrevo duas frases que, de algum modo, traduzem o que Guinga representa para a nossa música: "Qualquer um que se interesse por música brasileira vai passar por Guinga. O pessoal jovem presta mais atenção nele do que a minha geração. Ele é um formador de opinião", por ninguém mais, ninguém menos que Chico Buarque. Essa frase é muito significativa e vai no ponto - a novidade que a música de Guinga traz. E a segunda frase, sutil, dita também por outro grande músico, o espanhol Paco de Lucia, que vem de uma tradição bastante diferente da nossa, o flamenco, toca-me de maneira especial: "Tive vontade de trocar meu universo pelo dele".
Transcrevo duas frases que, de algum modo, traduzem o que Guinga representa para a nossa música: "Qualquer um que se interesse por música brasileira vai passar por Guinga. O pessoal jovem presta mais atenção nele do que a minha geração. Ele é um formador de opinião", por ninguém mais, ninguém menos que Chico Buarque. Essa frase é muito significativa e vai no ponto - a novidade que a música de Guinga traz. E a segunda frase, sutil, dita também por outro grande músico, o espanhol Paco de Lucia, que vem de uma tradição bastante diferente da nossa, o flamenco, toca-me de maneira especial: "Tive vontade de trocar meu universo pelo dele".
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15.11.09
Bazar no THE J
Muito coisa bacana na Festa Mercado, que é o bazar que aconteceu (no último domingo) no The J, salão do Jefferson. Na foto acima, Suzzy Chiu e Ivana Chiu, da marca Cherry Up!! - http://cherryup-acessorios.blogspot.com -, de acessórios. Seguem abaixo mais duas fotos, a primeira, com a rapaziada da marca Leo Coelho ao lado do Ronaldo, da Ouwist. Na última foto, está a Malu (assentada), da Balaio de Gato. E vale lembrar que no espaço Balaio de Gato - www.obalaiodegato.com.br -, que fica no Funcionários, além de loja, há também a cantina, com um cardápio saboroso. Entre as peças que vi, ouvi a gravação que Björk fez para "Travessia", de Milton Nascimento e Fernando Brant. Quem não conhecia, ficou chocado (no melhor sentido do espanto). Havia mais gente bacana expondo: Me Gusta, Bolsas Theodora, Penduricalho, Cabra Cega, Cleo Atelier, Ninho, ISSO, ODD + Cupcake OFF, Paula Peres, Dj Daniel D, Marcelo THE J e mais surpresas. Quando estava de saída, quem chegava para uma apresentação era a acordeonista Sarah Assis. O dia prometia.
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12.11.09
Grupo Ramo no Música de Domingo
Com a reforma do Teatro Francisco Nunes, o projeto Música de Domingo foi transferido para o Teatro Marília. E neste domingo, apresentará o Grupo Ramo, com repertório de peças instrumentais que compõem o primeiro CD "Ramo" (2009). O grupo é formado - seguindo a ordem da foto - por Antonio Loureiro (bateria), Felipe José (violoncelo, violão e flauta), Daniel Pantoja (flautas), Rafael Martini (piano e violão) e Fredrerico Heliodoro (contrabaixo). O Ramo ganhou o prêmio Pixinguinha (Funarte), que possibilitou a gravação do disco, e quem quiser, pode conferir um pouco do som no www.myspace.com/gruporamo.
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8.11.09
Lançamento: 99 poemas de Joan Brossa
Aqui vai uma dica - em cima da hora - para quem estiver em São Paulo. Será lançado, amanhã, o livro 99 poemas, de Joan Brossa (1919-1998), poeta e designer gráfico catalão. A publicação é um antologia organizada por Ronald Polito, que vem traduzindo autores catalães do século XX, como Joan Ferraté, Jaime Gil de Biedma, Carles Camps Mundó e Maria-Mercè Marçal. Estes autores tiveram publicações fora de comércio editadas pelo próprio tradutor. Ronald criou o selo Espectro Editorial, em 2004, que tem publicado não apenas traduções, mas autores brasileiros como Armando Freitas Filho e Júlio Castañon Guimarães, e também autores inéditos, entre os quais tive a honra de estar. Ronald é responsável por duas traduções anteriores de Brossa no Brasil: Poemas civis (RJ: Sette Letras, 1998), em parceria com Sérgio Alcides, e Sumário astral (SP: edição de Fábio Weintraub e Tarso de Melo, 2003). O convite acima, tem como detalhe uma ilustração de Guto Lacaz.
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