Nas duas últimas postagens, falei sobre um possível erro encontrado na capa do livro Como o soldado conserta o gramofone. Sim, possível, pois dois amigos, L., enviou-me a imagem da capa da edição original, em alemão, e J., enviou-me imagens das traduções para o inglês e o francês. Nota-se que a edição em português reproduz a capa da edição alemã e as capas das edições inglesa e francesa são variantes dessa. Posso estar errado e a composição pode ter sido pensada para criar um efeito, que deve, certamente, ter relação com o texto.
29.3.10
17.3.10
A resposta do Jogo do erro
Tivemos algumas respostas engraçadas, como: "o cachorro branco tá sem uma perna". E também outras respostas que levantaram questões muito pertinentes: Ludmila apontou dúvidas quanto à distribuição dos elementos que compõem a capa, o que me levou a pensar outro layout (todas essas observações estão nos "comentários" do post anterior). E outro comentário mais que acertado de um amigo anônimo que observou a repetição da palavra "romance", na descrição abaixo do título: "Um delicado romance sobre como a imaginação de uma criança transforma a realidade da guerra" e em seguida como descrição de gênero.
Mas o troféu Olhos de Lince vai para Amanda França. Em seu primeiro comentário ela chutou pra fora: "O livro fala de um soldado mas logo abaixo do título tem um texto onde fala da imaginação de uma criança.....talvez seja isso. Grande abs" (06:49). Mas minutos depois ela escreve a resposta certa: "acheeeeeiiiiiiii........o quadro está flutuando? HUahuahuauaua!!! Do lado direito do quadro tem uma cordinha que seria talvez a que estaria sustentando o quadro. Nossa....só pode ser isso. Inverteram a imagem mas esqueceram de apagar o detalhe" (06:52). Valeu Amanda! Segue abaixo a imagem invertida da capa. Vê-se até o ganchinho fincado na parede, que sustenta a cordinha presa ao quadro.
PS: pesquisando a origem de "olhos de lince", e diferente do que pensava, a expressão não se refere ao mamífero, porém a Linceu, que segundo a mitologia greco-romana, era um dos filhos de Egito e "possuía um olhar tão penetrante, que podia enxergar através dos muros". A propósito, o sentido mais aguçado do lince é a audição.
Mas o troféu Olhos de Lince vai para Amanda França. Em seu primeiro comentário ela chutou pra fora: "O livro fala de um soldado mas logo abaixo do título tem um texto onde fala da imaginação de uma criança.....talvez seja isso. Grande abs" (06:49). Mas minutos depois ela escreve a resposta certa: "acheeeeeiiiiiiii........o quadro está flutuando? HUahuahuauaua!!! Do lado direito do quadro tem uma cordinha que seria talvez a que estaria sustentando o quadro. Nossa....só pode ser isso. Inverteram a imagem mas esqueceram de apagar o detalhe" (06:52). Valeu Amanda! Segue abaixo a imagem invertida da capa. Vê-se até o ganchinho fincado na parede, que sustenta a cordinha presa ao quadro.
PS: pesquisando a origem de "olhos de lince", e diferente do que pensava, a expressão não se refere ao mamífero, porém a Linceu, que segundo a mitologia greco-romana, era um dos filhos de Egito e "possuía um olhar tão penetrante, que podia enxergar através dos muros". A propósito, o sentido mais aguçado do lince é a audição.
15.3.10
Jogo do erro
Na capa do livro Como o soldado conserta o gramofone, romance do jovem escritor bósnio Sasa Stanisic, editado pela Record, há um detalhe que me intrigou. O pormenor não me parece exatamente uma solução conceitual, mas um erro. Não li o livro, fato que pode, sim, ser bastante complicado para avaliar uma capa. Porém peço aos meus colegas que descubram o erro. Se o detalhe não for um erro, é, certamente, um caso bem particular, que foge à lógica, e nos resta saber a explicação. E se assim for, darei minha mão à palmatória. De qualquer modo, conto com vocês para achar o erro ou para justificá-lo.
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Como o soldado conserta o gramofone,
Sasa Stanisic
6.3.10
Carlito Azevedo + Walter Gam
Meus caros, este post – este convite – foi publicado em cima da hora, mas seguem um trecho de "Por trás do óculos abaulados", poema de Carlito Azevedo (dedicado a Walter Gam), que está em Monodrama (Rio de Janeiro: 7Letras, 2009), e um poema sem título do Ambiente, (São Paulo: Cosac Naify; Rio de Janeiro: 7Letras, 2009 – Coleção Ás de Colete), de Walter Gam, livros que serão lançados, hoje, às 11h, na Livraria Scriptum:
[...]
A busca de meu próprio rosto no alfabeto
azul-ozônio que subia, livre, tatuado,
braço acima e céu acima, até a praia de flamingos
de um colo nu, órbita de
miçangas lunares, sublunares.
*
Não há resposta, camponês, nunca houve
em céu algum, vida alguma, isso de respostas,
só a veemência de uns espelhos.
*
E assim, enquanto avançam as horas no relógio de Júlio de
[Abreu
e ficavam para trás todos os sorrisos ("e esquilos brincavam
nesses sorrisos somo se sobre ramas" sussurrava
uma voz volátil),
dentro do taxi,
no fundo do coração, disparado,
seguia comigo
o rosto de Marília.
[Fragmento do poema "Por trás dos óculos abaulados", de Carlito Azevedo]
________________________________________________
A PASSAGEM escondida
pelo desgaste
exercita a perda
ignora a ordem
das retículas contra
o corpo
se deslocando
estendida numa
experiência
áudio andança
você inverte a situação
pra que escolhesse um dos:
dois pontos
o ar ou através
[Walter Gam]
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walter gam
3.3.10
Janeiro e Fevereiro
Nos meses de janeiro e fevereiro este blog andou parado, mas muita coisa aconteceu na cidade, como a música de Antonio Loureiro + Frederico Heliodoro + Joana Queiróz + Juliana Perdigão + Kristoff Silva + Rafael Macedo e Pulando o Vitrô + Rafael Martini + Pablo Castro. E outros dois acontecimentos especiais ocorreram no mês de fevereiro – o lançamento do CD Antonio Loureiro, seu primeiro disco solo, além de ser o mês de aniversário de Leonora Weissmann, minha querida Loló, amiga e parceira. Ah, e do lado de cá, um novo trabalho. Não faltaram motivos para brindes e parabéns.
Leonora Weissmann, Onda I, 2009, acrílica sobre tela.
Leonora Weissmann, Onda I, 2009, acrílica sobre tela.
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