30.9.10

Três livros serão lançados neste sábado

Neste próximo sábado, 02 de setembro, três livros serão lançados em livrarias de Belo Horizonte: Manhã do Brasil (Scipione), um romance em 75 quadros, de Luis Alberto Brandão, na Livraria Mineiriana. O livro de poema Fragmentos do sol chuvoso (Ateliê Editorial), de Lauro Henriques Jr., no Café com Letras. E Simone Mendes, na Livraria Quixote, lança uma coletânea de ensaios sobre literatura de Cordel, juntamento com outros estudiosos do gênero. Todos os lançamentos acontecem no mesmo horário, na manhã de sábado, 11h. Mas para a sorte de quem  aos três lançamentos, todas as livrarias estão localizadas muito próximas uma das outras. Os endereços e outras informações enontram-se nos convites abaixo.



















24.9.10

_Poeta poente_, de Affonso Ávila























CRISÁLIDA

onde a vida viça
a um sol ou graça
e à luz se esgarça
forma ou flor
cambiante escante
fio de ar ou asa
pânica ou impávida
entanto ávida
de ritmo e instante
ao vir a ser de ser
aula de nascer
mínima


Ávila, Affonso. Poenta poente. São Paulo: Perspectiva, 2010 (Coleção Signos).

20.9.10

Kristoff Silva lança DVD _Em Pé no Porto_















Kristoff Silva fará show de lançamento do CD e DVD Em pé no porto. O show, com participação do compositor e violonista Guinga, será nesta quinta-feira, 23 de setembro, às 23h30, no Teatro Rival, Rio de Janeiro. Kristoff será acompanhado por Antonio Loureiro, Pedro Durães, Pedro Santana e Rafael Martini, músicos que já o acompanham há um bom tempo, o que torna visível a correspondência entre eles.

Em pé no porto é o segundo disco de Kristoff, que lançou anteriormente A outra cidade, com Makely Ká e Pablo Castro. Além de compositor, violonista e cantor, Kris, como é conhecido pelos amigos, é tambem produtor, o que ocasionou, por exemplo, o premiado album Tum tum tum, de Déa Trancoso, recentemente relançado pela Biscoito Fino.

Para quem quiser conhecer um pouco do trabalho de Kristoff, em seu site, www.kristoffsilva.com.br, é possível ouvir as músicas de Em pé no porto e A outra cidade. Há informações de outras atividades realizados por ele, como o Livro de partituras, de José Miguel Wisnik, e o Cancioneiro Elomar. E alguns vídeos podem ser visto no www.myspace.com/kristoffsilva.

18.9.10

Transborda - Festival de Artes Transversais

A música transborda hoje a amanhã na Praia da Estação (Praça Rui Barbosa). O Transborda, festival organizado pelo Coletivo Pegada, começou no dia 13 de setembro e vai até amanhã. E trouxe para o debate temas como sustentabilidade e gestão de carreira. E para citar alguns nomes que tocam hoje na Praça da Estação, tem o qUEbRApEdRA e o Dead Lover's Twisted Heart. E amanhã, tem o Transmissor. Clique no site Festival Transborda para ver a programação completa, que acontece também em alguns bares da cidade.

13.9.10

_Música para modelos vivos_

No post anterior escrevi brevemente divulgando o lançamento do livro Modelos vivos, de Ricardo Aleixo. E foi bacaníssimo encontrar por lá o amigo de todas as horas Renato Negrão e também o amigo e colega de ofício Bruno Brum, que assina o projeto gráfico, por sinal, muito bom, juntamente com o autor. A lista segue, compareceram Eduardo Jorge e Carolina Vieira, Fabrício Marques, Kiko Ferreira (é claro que a gente sempre esquece de alguém, é fato, é óbvio). Mas volto aqui para lembrar que Ricardo apresentará, amanhã, dia 14, às 19h, no Café com Letras, a leitura-concerto Música para modelos vivos movidos a moedas e a abertuda da mostra de poemas visuais extraídos do livro Modelos vivos. Outras informações, no post anterior (no convite). Seguem abaixo dois poemas de Modelos vivos:


POUSO

Tão lento quanto
possível agora
pousar o olhar
na parte acesa da rua
de onde
você surgirá agora
pela primeira
vez (ontem tempos
atrás amanhã
antes do sol que se agora)
como se
agora apenas
retornasse
para
(1) esta casa
(2) este corpo
(3) a alegria
que sempre
agora
lembra
seu nome


POÉTICA #3

meu lado bicho: bode
minha parte planta
: comigo-ninguém-pode).

8.9.10

Ricardo Aleixo lança _Modelos vivos_

Ricardo Aleixo lança Modelos vivos (Crisálida), neste sábado, 11 de setembro, às 11h, no Café com Letras (o endereço está no convite abaixo). Modelos vivos é o sétimo livro do poeta e músico, que tem projeto gráfico do autor juntamente com Bruno Brum, designer e poeta, que vem trabalhando com Ricardo em outros projetos, como a Revista Roda, editada por Ricardo. Abaixo do convite, segue detalhe da capa. Mais sobre o autor em seu blog Jaguadarte.













4.9.10

Hoje, Luis Felipe Gama e Ana Luiza com Natan Marques

Depois de mais de um ano sem se apresentar na capital paulista e em celebração do sucesso dos shows na Argentina: "Ambos músicos, en perfecta sintonía, construyeron una estructura sonora compacta, con responsabilidades repartidas, sobre la que se desplazó la cantante, dueña de una voz prodigiosa" (Jornal Clarín, Buenos Aires).



































Luis Felipe Gama e Ana Luiza com Natan Marques
Neste sábado, 04 de setembro,
21h e 00h30, R$35,00

O pianista, arranjador e compositor Luis Felipe Gama e a cantora e compositora Ana Luiza apresentam com o violinista e arranjador Natan Marques repertório que começou a ser experimentado em dezembro de 2009, quando os artistas vieram a Minas Gerais, encerrar a programação do ano do projeto Domingo no Museu, no Museu da Pampulha, Belo Horizonte. Depois de uma série de apresentações de grande sucesso de público e crítica em Buenos Aires no mês de julho de 2010, em que seus shows foram abertos por renomados artistas argentinos, o trio definirá nessa temporada as escolhas para o CD a ser gravado com o prêmio recebido da Funarte/Minc. 

Casa de Francisca
Rua José Maria Lisboa 190, travessa da Brigadeiro Luís Antônio (T. 11 3052 0547)
RESERVAS SOMENTE ATRAVÉS DO SITE www.casadefrancisca.art.br
 

1.9.10

qUEbRApEdRA se apresenta em Itabirito























Caros, peço desculpas pelo cartaz ilegível, mas foi o que recebi. O qUEbRApEdRA se apresenta em Itabirito, no dia 5 de setembro. Até onde se consegue ler, a apresentação faz parte do Fórum Municipal de Cultura. O grupo é formado por Leonora Weissmann (voz), Rafael Martini (piano e voz), Pedro Maglioni (baixo), Mateus Oliveira (vibrafone e percussão) e Edson Fernando (bateria e percissão). O grupo apresenta canções autorais e de compositores contemporâneos. Vale a pena. Para quem quiser conhecer o trabalho do grupo: http://www.myspace.com/quebrapedra

10.8.10

11.6.10

Lançamento de Dead Lover's Twisted Heart

O Dead Lover's Twisted Heart lança, hoje, o segundo album, em formato cd e vinil. Mais insformações no flyer abaixo.

28.5.10

Pelada Poética II

Neste sábado, 29 de maio, às 11h, na Livraria Scriptum, acontece a segunda Pelada Poética. E ao lado, no painel da loja Botões, desenhos do artista plástico Eduardo Mendes. Clique no convite e confira os poetas escalados.

28.4.10

Arte Gráfica no Comida di Buteco

Caros amigos, nesta quinta-feira, 29 de abril, às 20h, farei a exposição de artes gráficas: Poesia visual e design editorial, no Circuito Arte e Cultura, que faz parte da programação do Comida di Buteco [BH 2010]. A exposição será no bar Pé de Goiaba - Rua Alpes, 507, Nova Suiça (referência: atrás do CEFET, da Av. Amazonas, Campus I). Será um prazer receber quem por lá passar. A programação pode ser conferida no site: http://www.comidadibuteco.com.br/circuitocultural.php

25.4.10

Caroll's Day

22.4.10

Ricardo Novais lança o CD Parque

12.4.10

qUEbRApEdRA abre o projeto in-Comum 104



















Nesta quarta-feira, dia 14 de abril, às 20h, o grupo qEbRApEdRA se apresenta em trio em uma versão reduzida do quinteto , abrindo o projeto in-Comum 104, no Espaço Cultural CentoeQuatro. Para este show, o grupo conta com a seguinte formação: Leonora Weissmann (voz), Rafael Martini (piano) e Pedro Maglioni (baixo). Além do repertório do disco, o grupo mostrará músicas novas.

29.3.10

Ainda o Jogo do erro

Nas duas últimas postagens, falei sobre um possível erro encontrado na capa do livro Como o soldado conserta o gramofone. Sim, possível, pois dois amigos, L., enviou-me a imagem da capa da edição original, em alemão, e J., enviou-me imagens das traduções para o inglês e o francês. Nota-se que a edição em português reproduz a capa da edição alemã e as capas das edições inglesa e francesa são variantes dessa. Posso estar errado e a composição pode ter sido pensada para criar um efeito, que deve, certamente, ter relação com o texto.

































17.3.10

A resposta do Jogo do erro

Tivemos algumas respostas engraçadas, como: "o cachorro branco tá sem uma perna". E também outras respostas que levantaram questões muito pertinentes: Ludmila apontou dúvidas quanto à distribuição dos elementos que compõem a capa, o que me levou a pensar outro layout (todas essas observações estão nos "comentários" do post anterior). E outro comentário mais que acertado de um amigo anônimo que observou a repetição da palavra "romance", na descrição abaixo do título: "Um delicado romance sobre como a imaginação de uma criança transforma a realidade da guerra" e em seguida como descrição de gênero.

Mas o troféu Olhos de Lince vai para Amanda França. Em seu primeiro comentário ela chutou pra fora: "O livro fala de um soldado mas logo abaixo do título tem um texto onde fala da imaginação de uma criança.....talvez seja isso. Grande abs" (06:49).  Mas minutos depois ela escreve a resposta certa: "acheeeeeiiiiiiii........o quadro está flutuando? HUahuahuauaua!!! Do lado direito do quadro tem uma cordinha que seria talvez a que estaria sustentando o quadro. Nossa....só pode ser isso. Inverteram a imagem mas esqueceram de apagar o detalhe" (06:52). Valeu Amanda! Segue abaixo a imagem invertida da capa. Vê-se até o ganchinho fincado na parede, que sustenta a cordinha presa ao quadro.















PS: pesquisando a origem de "olhos de lince", e diferente do que pensava, a expressão não se refere ao mamífero, porém a Linceu, que segundo a mitologia greco-romana, era um dos filhos de Egito e "possuía um olhar tão penetrante, que podia enxergar através dos muros". A propósito, o sentido mais aguçado do lince é a audição.

15.3.10

Jogo do erro

Na capa do livro Como o soldado conserta o gramofone, romance do jovem escritor bósnio Sasa Stanisic, editado pela Record, há um detalhe que me intrigou. O pormenor não me parece exatamente uma solução conceitual, mas um erro. Não li o livro, fato que pode, sim, ser bastante complicado para avaliar uma capa. Porém peço aos meus colegas que descubram o erro. Se o detalhe não for um erro, é, certamente, um caso bem particular, que foge à lógica, e nos resta saber a explicação. E se assim for, darei minha mão à palmatória. De qualquer modo, conto com vocês para achar o erro ou para justificá-lo.

6.3.10

Carlito Azevedo + Walter Gam























Meus caros, este post  este convite  foi publicado em cima da hora, mas seguem um trecho de "Por trás do óculos abaulados", poema de Carlito Azevedo (dedicado a Walter Gam), que está em Monodrama (Rio de Janeiro: 7Letras, 2009), e um poema sem título do Ambiente, (São Paulo: Cosac Naify; Rio de Janeiro: 7Letras, 2009 – Coleção Ás de Colete), de Walter Gam, livros que serão lançados, hoje, às 11h, na Livraria Scriptum:


[...]

A busca de meu próprio rosto no alfabeto
azul-ozônio que subia, livre, tatuado,
braço acima e céu acima, até a praia de flamingos
de um colo nu, órbita de
miçangas lunares, sublunares.

                         *

Não há resposta, camponês, nunca houve
em céu algum, vida alguma, isso de respostas,
só a veemência de uns espelhos.

                         *

E assim, enquanto avançam as horas no relógio de Júlio de
                                                                     [Abreu
e ficavam para trás todos os sorrisos ("e esquilos brincavam
nesses sorrisos somo se sobre ramas" sussurrava
uma voz volátil),
dentro do taxi,
no fundo do coração, disparado,
seguia comigo
o rosto de Marília.

[Fragmento do poema "Por trás dos óculos abaulados", de Carlito Azevedo]

________________________________________________


A PASSAGEM escondida
pelo desgaste
exercita a perda
ignora a ordem
das retículas contra
o corpo
se deslocando
estendida numa
experiência
áudio andança
você inverte a situação
pra que escolhesse um dos:
dois pontos
o ar ou através

[Walter Gam]

3.3.10

Janeiro e Fevereiro

Nos meses de janeiro e fevereiro este blog andou parado, mas muita coisa aconteceu na cidade, como a música de Antonio Loureiro + Frederico Heliodoro + Joana Queiróz + Juliana Perdigão + Kristoff Silva + Rafael Macedo e Pulando o Vitrô + Rafael Martini + Pablo Castro. E outros dois acontecimentos especiais ocorreram no mês de fevereiro o lançamento do CD Antonio Loureiro, seu primeiro disco solo, além de ser o mês de aniversário de Leonora Weissmann, minha querida Loló, amiga e parceira. Ah, e do lado de cá, um novo trabalho. Não faltaram motivos para brindes e parabéns.




















Leonora Weissmann, Onda I, 2009, acrílica sobre tela.

1.1.10

Dois poemas de Emílio Moura (para 2010)

UM DIA

Seigneur! Seigneur!
nous sommes terriblement enfermés.
André Gide, Paludes

Enquanto os homens se agitam e se entredevoram, enquanto
os autos voam pelas avenidas, os garotos anunciam os [matutinos e os bancos se abrem,
dentro de nós,
as mesmas sombras de sempre estão contando a mesma [história de sempre.

Entretanto, lá fora,
eu sei que faz sol, lá fora.

Que força estranha
me impele assim para mim mesmo?

Um dia, entretanto, eu tenho certeza, nenhum obstáculo [será mais possível
e, livre, livre,
a vida há de prosseguir viva dentro de nós.

(Canto da hora amarga, 1936.)


CANÇÃO

Viver não dói. O que dói
é a vida que se não vive.
Tanto mais bela sonhada,
quanto mais triste perdida.

Viver não doi. O que dói
é o tempo, essa força onírica
em que se criam os mitos
que o próprio tempo devora.

Viver não dói. O que dói
é essa estranha lucidez,
misto de fome e de sede
com que tudo devoramos.

Viver não dói. O que dói
ferindo fundo, ferindo,
é a distância infinita
entre a vida que se pensa
e o pensamento vivido.

Que tudo o mais é perdido.

(Cancioneiro, 1945.)


















Gerhard Richter, Três velas, 1982, óleo sobre tela, 125 x 150 cm.